Negócio de amor. Colé negócio de amor, um saco esse nogóço de amor, amar e talz... mas definitivamente de todas as baboseiras q leio sobre isso, esse texto do Artur da Távola escreveu eh a coisa mais perto da minha definição do que seria o tal do amor, ou o amor q eu queria sentir.
AMOR MADURO (Artur da Távola)
O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão.
É mais definido colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações: Presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas:
amplia-se com as usências significantes.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas
trabalhosas de construir o bem, o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca
e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação,
o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto,
os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver,
o equilíbrio de carne e de espírito.
O amor maduro é a valorização do melhor do outro
e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois,
vive do que fermentou criando dimensões novas
para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.
Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão,
basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito.
Está relacionado com a vida e por isso mesmo é incompleto,
por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança.
É o sol de outono: nítido, mas doce.
Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido.
Discreto, mas certo.
skip to main |
skip to sidebar
Onde as mentes se libertam pra brincar...la rará, la, larará...
3 comentários:
Belo texto. Gostei muito desse trecho:
"O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão,
basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito. "
Ta sofrendo disso tb, é?
Não, não estou... sou um observador passivo do amor, as vezes olho-o como através de um microscópio mantendo a distãncia de u frio cientista pesquisador.
Lindo esse texto! Realmente é mais fácil olhar através de um microscópio, temos a falsa impressão que não seremos atingidos e portanto não haverá sofrimento!! Boa desculpa!! Bj
Post a Comment