São 6 horas e 4 minutos da manhã de um domingo. Hoje resolvi não dormir. Sempre tomo remédios que me fazem dormir, mas hoje, não funcionaram. Mas tem uma diferença. Hoje resolvi aceitar que a insônia venceu. Não a desafiei. Apenas a aceitei. Não consigo dormir, beleza, outro dia eu durmo.
Então não durmo, não quero ler , nem ver filme. Venho aqui passar o tempo brincando de formar palavras. Há tempos não escrevo nada decente. Não porque nada tenho a dizer, mas porque acho que tudo já se foi dito. Não há nada mais a ser dito. Não adianta falar de Deus, pois de Deus nada se explica. Deus não tem explicação lógica, ou voce O sente ou não. O resto é perda de tempo.
Demoro a escrever, mas quando escrevo não tenho critérios. Tipo agora. Não existe necessidade de tanos pontos neste texto. Pra que isso? Pra que tantos pontos? Sei lá. Não sei e ponto final.
Mas falando sério, vivo atualmente uma crise de não ter mais nada a declarar. Descobri que sou o óbvio ululante. Eu não sou o óbvio, mas meus pensamentos são óbvios e simplórios. Não mais nada de inovador no que penso e digo. Não tem porque eu falar de religião que é droga e tal... pra que? E se for, grande coisa é minha opinião. Pra que essa coisa de blog, pra que escrever aqui, pra que?
Assim, eu não tenho porque falar mais daquela menina que vi na porta do Bradesco. Aliás, nem nunca escrevi aqui, a história da menininha na porta do Bradesco. Nem vou escrever. Porque não tenho esse direito. Não tenho como falar de coisas injustas neste mundo. Tudo já foi dito, foi mostrado. Nada mais choca. A não ser que dois aviões detonem dois centros comerciais do país mais importante do mundo. Isso é sério. No mais, essa coisa de criança passando fome, ou guerras tribais na África, não mais interessa a niinguém. Chegamos ao caos.
Acho que o ódio deve ser cultivado. Veja bem, a indignação é estática, mas o ódio é a antítese do amor, que é forte, mas isso não faz dele menos forte, apenas diferente na sua essência. O ódio deve ser cultivado. De todos os sentimentos que fazem sentir humando, eu particularmente posso citar o amor e o ódio. Assim como já escrevi sobre a morte, penso que o ódio é outro sentimento mal compreendido. Não se pode menosprezar o ódio. Temos que odiar. Odiar o que é mau, a falta de ética, o ódio é um tipo de amor. Um amor que pune. Isso, o ódio é o amor pelo avesso, é o amor corretivo. Não existe vida sem morte, não existe amor sem ódio.
Tenho que confessar, eu amo odiar. Tipo... não consigo imaginar a vida sem o ódio. A revolta. Não sei como explicar, mas o ódio... enfim, se eu não sei como explicar não explico.
Agora., 6:24 da manhã de domingo, vou por um ponto aqui e ir buscar mais coca. Coca-cola. Vou lá...
6:26. Voltei com o copo cheio de Coca-cola. Note que deprimente este texto. Quanto mais escrevo, mas sinto como uma mãe que dá a luz a filhos deficientes. Meu texto tem síndrome de Down. Meu texto nasce com duas cabeças, é doente, é feio.
A grande questão é porque insisto nisso? Juro que estou cagando e andando para o que pensam do que escrevo. Mas porque escrevo então? Devo confessar que minha mente não cabe tanta bagaça. Ao escrever aqui, fica mais leve o sótão que chamam de cécebro.
Uma coisa que muito me incomoda é a linearidade. Por que os textos tem que ser temáticos? Porque que eu não posso doo nada começar a falar que o Vasco caiu pra segunda divisão?
Se tiver alguém lendo isso aqui, me desculpe a franqueza, mas você não deve ter o que fazer. Pare agora. Não vale a pena.
Tô cansado de tanta coisa igual. Gente igual, metas iguais, problemas iguais. Acho que esse foi o pior texto que já fiz na vida, mas é o texto mais "eu" do mundo. No fundo eu sou isso. Mediano, óbvio, medíocre. Não me menosprezo, tenho hoje parâmetros para mensurar graus de mediocridade e eu mesmo não passo nos meus testes. Eu sou pouco pra mim. Eu merecia mais de mim.
6:38 da manhã de domingo. Continuo aqui, na insistência de escrever este texto com cara de aborto. Na verdade existem muitas coisas que queria dizer, mas que não posso. Essa tal de "liberdade de expressão" é uma idiotice. Não existe. Eu não posso expressar opiniões sobre certos assuntos, não apenas pelos protestos, mas porque pessoa me julgariam por estas opiniões.
Tipo, tem tanta coisa que me desagrada... não sei, posso falar aqui uma delas. Essa coisa de não poder falar nada de gay. Putz, tenho um amigo, que adoro, amo mesmo, que é gay. Mas enfim eu não tô suportando essa coisa da redoma de vidro que puseram sobre os gays. Não quero que minha filha seja lésbica e se tiver um filho, prefiro que não seja gay. Mas minhas preferências não determinam nada. Prefiro não morrer de câncer, mas isso não quer dizer que não vou jamais ter câncer, mas tenho o direito de preferir. Ok, reconheço que a comparação soou mal. Vamos consertar. O que eu quero dizer é que... tipo... os gays devem continuar gays e pronto, mas, porra, mas ninguém é obrigado a ter que dizer que isso é normal ou lindo. Hoje eu falei com um amigo e perguntei taxativamente se ele se importaria em ter um filho gay... ele que gosta de sempre procurar ser mente aberta, enrolou... no final acabou dizendo que não. Ninguém quer. Nem os próprios gays iam querer. Ok, sei que eles não podem se reproduzir entre si, mas enffim... acho que deu pra entender a analogia.
Mas enfim...
Há... não vou terminar texto não.
Lamento se alguém perdeu tempo lendo isso. 7 da manhã. Vou beber o terceiro copo de coca-cola.
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