post de NATAL

Natal chegando e tento entrar no clima de uma festa que sempre me foi estranha. Não só pelo fato de Jesus nem de perto ter nascido em 25 de dezembro (tudo indica que foi em meados de outubro), ou por o Papai Noel, o Santa Claus, ser mais lembrado do que o Jesus Cristo, mas acima de tudo o tal “espírito de natal” é algo que nunca consegui incorporar. Como “incorporar” um espírito de algo que não faço idéia do que seja. Afinal o que é o Natal? Vamos tentar elucidar essa questão. Bom, partindo do pressuposto básico de que seja o “niver” de Jesus, porque “diabos” as pessoas presenteiam umas as outras, se é o Jesus que está fazendo “niver”? Uma vez que qualquer pessoa mais esclarecida sabe que é impossível saber a data do “niver” de Jesus, como ele deve se sentir vendo o povo comemorando seu “niver” na data errada? Ok, bobagem... afinal que importa a data do aniversário o importante é a festa. Não se pode dizer que a comemoração seja por causa da vinda do “menino Jesus” para salvar o mundo, porque o próprio Jesus disse que apenas sua morte era que proporcionaria a salvação e inclusive deixou instruções bem claras para que se comemorassem sua morte, que é a tal da Páscoa. Aí na páscoa vem o povo e coloca coelhinho e ovo na história!!!. Ah, sim... a coisa do coelhinho de páscoa e do ovo também é outra festinha pagã que foi “cristianizada”.


Até onde sei, o verdadeiro Natal nunca teve nada a ver com Jesus, foi apenas mais uma festinha pagã que a poderosa igreja católica resolveu “cristianizar”, como se comemorava o nascimento do Sol em 25 de dezembro, os espertíssimos papas transmutaram o natal pagão para o natal cristão e usando de uma analogia tão simples quanto “espertinha”, raciocinaram que uma vez que Jesus foi a “luz do mundo”, nada impediria de se comemorar o seu nascimento na mesma data do suposto nascimento do Sol. Até aí tudo bem. Mas o teor da festa também foi mudado. O natal original era uma putaria danada. Sério mesmo. Eram as tais “saturnais” muitas das orgias dos “bacanais” regadas a muito vinho eram reproduzidas nas “saturnais”, o natal original. Na verdade o Natal era uma espécie de carnaval. Mas enfim isso nada importa agora. O fato é que o Natal é a época mais depressiva que existe. Sim, imagine quantos milhões de infelizes solitários sem família não pensam em se suicidar na época de natal, e de fato se suicidam. Quantas crianças acreditam mesmo no tal Papai Noel e o esperam. Isso é uma sacanagem! E tem mais. E aqueles filhos-da-puta que passam o ano todo te enchendo o saco, te sacaneando, desrespeitando e depois vem com aquele sorriso de vovó te desejar “feliz natal”. E olha que eu nem vou começar a questionar o significado desse termo. Se não sei nem o que é natal, quanto mais o que seria um “feliz natal”. Mas ainda tenho alguns dias para incorporar o espírito natalino, nada que umas boas doses de vinho não resolva. Aí já era... eu saio abraçando todo mundo e desejando feliz natal. É, acho que prefiro as saturnais romanas, o “natal de origem”.